
Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, foi enfático em sua opinião sobre a divisão de receitas no contexto da criação de uma liga no futebol brasileiro.
Em entrevista ao canal oficial do clube, Bap fez duras críticas à proposta de divisão desigual de dinheiro entre os clubes em caso de uma futura organização de liga.
“Sabe quando vou aceitar receber 3,5 vezes a mais do que os clubes pequenos? Nunca! Não vai acontecer acordo nessas condições. O Flamengo não será desapropriado. Isso é a desapropriação de um ativo que é nosso por nenhuma razão, nenhum critério, nenhum mérito que possa ser aventado”, disparou Bap.
A proposta de divisão monetária entre as ligas
Ao longo dos últimos anos, dois blocos de clubes brasileiros, Libra e LFU, têm discutido as divisões monetárias em caso de criação de uma liga.
A Liga Forte União (LFU) propõe que a disparidade de divisão de receitas seja limitada a 3,5%, para evitar um grande desequilíbrio financeiro.
Já a Libra, organização da qual o Flamengo faz parte, sugere que 30% do valor total seja dividido igualmente entre os clubes, com 22% baseado na performance em campo e 48% baseado na audiência.
Bap foi claro em dizer que o Flamengo não aceitaria uma divisão que prejudicasse os clubes maiores.
“Se o Flamengo abrir mão desse direito, não vai haver liga no Brasil. Não somos idiotas. Eu não vou endossar isso”, disse o presidente, reforçando que o clube não aceitaria termos que considerasse prejudiciais.
O posicionamento do Flamengo sobre a criação da liga
Apesar das críticas à proposta de divisão financeira, Bap reiterou o apoio à criação da liga, desde que ela seja estruturada de forma justa e organizada.
Para ele, uma liga bem estruturada seria benéfica para o futebol brasileiro, com melhorias na governança, organização do campeonato, arbitragem e fair play financeiro.
“Uma liga é importante no Brasil? Claro. Toda parte de governança, de organização do campeonato, de arbitragem, de fair play financeiro”, disse Bap, destacando que o Flamengo tem um compromisso com a transparência e a regularidade nos pagamentos. Ele criticou outros clubes que não pagam suas dívidas com o Flamengo, incluindo pendências com a CBF.
“O Flamengo paga todo mundo em dia. Está cheio de clubes aí posando de bonzinhos que não pagam o Flamengo. A própria CBF tem casos pendentes nossos lá. Esta parte extracampo é claro que o Flamengo é completamente a favor”, concluiu Bap.