
A criação da nova liga do futebol brasileiro, que estava sendo impulsionada por clubes como Flamengo e Palmeiras, sofreu um revés nos bastidores.
De acordo com informações do jornalista Diogo Dantos, do O Globo, a assinatura do Memorando de Entendimento (MOU), que formalizaria a criação da Liga, foi pausada após divergências entre os clubes.
Divergências entre Flamengo e Palmeiras
Flamengo e Palmeiras, que lideram a proposta da Liga Brasileira de Futebol (Libra), travaram o acordo por questões de divergência nos termos do MOU.
O Flamengo sugeriu uma divisão do documento em dois termos: um abordando a organização, o Fair Play Financeiro e a governança, e outro focado nos direitos comerciais.
Por sua vez, o Palmeiras, que também faz parte da Libra, alegou que não assinaria o acordo no momento devido ao foco na disputa da Copa do Mundo de Clubes, embora Fluminense e Botafogo, que também estão na competição, tenham dado sua concordância ao MOU.
Fatores externos e a influência da CBF
A Liga Forte União do Futebol Brasileiro (LFU), que apoia a criação da nova liga, acredita que a CBF tem travado as negociações, tentando se manter na mesa de negociações.
A LFU aponta que a movimentação da CBF, tanto no âmbito do futebol quanto em articulações políticas em Brasília, foi determinante para o recuo do Palmeiras na assinatura do MOU.
A CBF, no entanto, nega qualquer envolvimento no impasse, e afirma que a falta de entendimento entre os clubes é o principal obstáculo para o avanço do acordo.
Perspectivas para o futuro
Apesar da desaceleração nas negociações, o debate sobre a criação da liga continua sendo uma das pautas centrais do futebol brasileiro.
Com o posicionamento de Flamengo, Palmeiras e outros clubes ainda em discussão, o futuro da nova liga segue em aberto, aguardando uma resolução sobre as diferenças entre os clubes e o impacto das articulações externas.